A pedido do deputado Jenilson Leite (PCdoB), o Grande Expediente da sessão desta quinta-feira, 9, na ALEAC – Assembleia Legislativa do Acre, foi destinado para receber a gerente institucional de relações da empresa de telefonia móvel Vivo, Alessandra Garnica Lugato. A gerente foi convocada para prestar esclarecimentos sobre os serviços de telefonia móvel e internet, devido a grande quantidade de reclamações registradas no Procon/Ac.
O autor do requerimento que solicitou a presença da representante regional da Vivo no plenário da Aleac, deputado Jenilson Leite (PCdoB), salientou que diariamente são registradas no Procon/AC queixas sobre os serviços de telefonia e internet. Segundo o parlamentar, a maioria das reclamações é com relação às mudanças unilaterais do contrato celebrado entre a empresa de telefonia e o consumidor.
"Ao invés dos consumidores terem os serviços reduzidos, como estabelecem os contratos firmados, a Vivo está suspendendo o serviço quando atingido o limite de dados de internet móvel, bloqueando o acesso à internet após o fim, supostamente, da franquia contratada”, afirmou.
Para o deputado, o bloqueio da Internet móvel demonstra total desrespeito da empresa com os consumidores.
"A operadora alega que o bloqueio de internet móvel traria vantagens ao consumidor, mas para mim tal atitude demonstra desrespeito com o consumidor”.
"É notório que com essa atitude a empresa está visando exclusivamente lucro e não a prestação de um serviço que atenda às necessidades dos clientes”, complementou.
Ainda de acordo como o deputado, a
prática adotada pela operadora, em bloquear o acesso à internet fere princípios
básicos do CDC – Código de Defesa do Consumidor, além de não gerar qualquer
segurança ao cliente- usuário, que não tem como controlar o real uso da
franquia.
"As operadoras não disponibilizam
meios claros e eficientes para isso, deixando o consumidor ainda mais
vulnerável e exposto às práticas lesivas que visam unicamente o lucro das
empresas. Vale ressaltar as dificuldades existentes na hora de fazer uma
ligação”, frisou.
Em pronunciamento, Alessandra Garnica Lugato explicou que o bloqueio da internet móvel ocorreu devido o aumento da demanda no mercado. A gerente garantiu que a suspensão da internet está dentro das normas legais e que é totalmente justificável. “O bloqueio da internet móvel está dentro das normas legais, todas as decisões que tomamos foram com o intuito de melhorar nossos serviços. Optamos por esse método porque queríamos disponibilizar uma tecnologia modelo para os nossos consumidores. Quando não havia o bloqueio o cliente utilizava o serviço de internet por trinta dias, mas o serviço era lento e deixava a rede totalmente comprometida”, explicou.
Nelson Rodrigues garantiu que a Defensoria Pública do Acre está acompanhando de perto todo o trâmite do processo que foi instaurado no Tribunal de Justiça, com relação aos péssimos serviços prestados não só pela Vivo, mas por todas as operadoras que atuam no Estado.
ASSESSORIA COMUNICAÇÃO
Foto: Jardy Lopes
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