Na sessão desta quarta-feira (22) o deputado Jenilson Leite (PCdoB) informou que a Comissão de Sindicância da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), instalada para apurar os óbitos ocorridos na Maternidade Bárbara Heliodora, recebeu a documentação referente ao número de nascimentos e óbitos ocorridos na unidade. Os dados compreendem o período de 2011 a 2016.
“Solicitamos todas as informações a respeito dos óbitos que ocorreram e algumas já foram enviadas. Tivemos a relação de todos os óbitos desse período. A Comissão de Sindicância já começou a avaliar as informações”, disse o parlamentar.
Em 2011, 4.469 crianças nasceram na Maternidade Bárbara Heliodora. Já em 2015 esse número subiu para 6 mil crianças, registrando 162 óbitos. “Dentro desse número, vamos começar a questionar direitinho para que as pessoas possam ter as informações de maneira tal que fique bem explicado e não pairem dúvidas”, ressalta.
O parlamentar acrescentou que quanto aos óbitos de recém-nascidos, serão avaliadas as condições de acompanhamento da mãe durante o período de gestação. Esse posicionamento do parlamentar baseia-se nas informações trazidas pela deputada Eliane Sinhasique (PMDB) na última sessão, que aponta falhas na atenção básica de saúde, responsável pelo pré-natal.
“Comecei com esse tema porque nós iremos avaliar a condição daquela mulher que o filho foi a óbito. Vamos analisar a condição em que foi realizado o pré-natal dela. A nossa maternidade é uma unidade de referência. Vamos saber qual era a condição daquela mulher antes de chegar à maternidade. Se ela fez pré-natal, se lá no município dela tinha pré-natal. Todas essas questões serão avaliadas para não olharmos apenas para um problema”, enfatiza.
Outro assunto discutido pelo parlamentar foi com relação às famílias que ocupavam uma área de terra no Ramal do Gavião e tiveram a ordem de despejo expedida. Retirados da terra, os trabalhadores rurais estão acampados no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Bujari. O parlamentar pediu uma revisão na sentença, isso porque a maior parte da área em litígio pertence à União.
“Fui ao Incra saber de quem era a área e o documento que o Incra nos deu afirma que apenas 6 mil hectares são do suposto proprietário. O restante pertence à União. As pessoas que estavam na área da União foram retiradas. Estamos com todos esses documentos. Peço que a Comissão Agrária visite o juiz para que possamos dialogar. É preciso que esse erro seja corrigido. Este Poder não pode se eximir de visitar esses locais”, citou.
José Pinheiro
Agência Aleac
Foto: Jardy Lopes
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