A Assembleia Legislativa do Acre, através da comissão de Segurança Pública realizou uma audiência pública, na quarta-feira (05), na cidade de Brasileia, para discutir a situação dos estudantes brasileiros que cursam medicina humana e medicina veterinária na cidade de Cobija, capital do departamento de Pando, Bolívia. O evento foi realizado no Centro Cultural da cidade brasileira.
A audiência é fruto de um requerimento do deputado estadual Jenilson Leite, presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa. Além de Leite, estiveram presentes os deputados: Gehlen Diniz, Antonio Pedro, Leila Galvão, Eliane Sinhasique e Maria Antonia. Também estiveram a representante da imigração boliviana Ana Clara, e a prefeita do município de Brasileia, Fernanda Hassem.
A audiência teve como objetivo discutir a situação dos brasileiros que são acadêmicos no país vizinho. Essas pessoas estão tendo problemas em relação ao visto de permanência dos estudante na Bolívia. Isso tem gerado transtorno aos estudantes e gasto exorbitante.
“Em função do pedido que foi encaminhado para a comissão de segurança pública da Aleac, nós deputados resolvemos vim até Brasileia para que possamos dialogar com as autoridades bolivianas e os estudantes. Eu já fiz medicina no exterior e sei da dificuldade que é para você poder estar em outro país, e com a finalização dessa conversa vamos estar saindo daqui com os encaminhamentos”, explicou Jenilson Leite, Deputado Estadual – Presidente da Comissão de Segurança.
Para que os brasileiros não fique de forma ilegal na Bolívia todos os seus documentos tem que estar completos com as assinaturas do Ministério da Educação (MEC), certificados de conclusão de ensino médio carimbado e traduzido para o espanhol e com o visto do MERCOSUL ou visto Fronteiriço.
A estudante do curso de medicina veterinária, Liane Rosa, relatou aos parlamentares a situação que estão passando para entrar no país vizinho.
“A imigração boliviana cobrou de alguns estudantes o pagamento de multas com valores exorbitantes. Valores que chegam a cinqüenta mil reais (R$50 mil), mesmo estando com visto Fronteiriço em mãos. Isso quer dizer que os três primeiros períodos da faculdade nós estávamos ilegalmente na Bolívia, isso se deu por conta de uma reunião que foi realizada na nossa faculdade com o reponsavél da imigração que falou que poderíamos nos regularizar depois, e que não cobrariam multa. Diante disso, todos os estudantes foram e fizeram o visto fronteiriço conforme a imigração solicitou”, relatou Liane Rosas.
Blitz na Fronteira
Nas primeiras horas dos dias 4 e 5 de abril a polícia boliviana juntamente com a imigração realizaram blitz, no sentido Brasil-Bolívia, na entrada de Epitaciolândia e na ponte da amizade em Brasileia. Os transeuntes tem que mostrar suas carteiras de identidades e falar o que estão indo fazer na Bolívia. As pessoas que estão a passeio estão sendo liberadas sem nenhuma advertência, já os estudantes tem que mostrar o visto seja MERCOSUL ou Fronteiriço.
Os estudantes que não possuem visto MERCOSUL estão sendo notificados, seus nomes são anotados e são obrigados a pagar uma multa no valor de quatrocentos bolivianos que é o equivalente a duzentos reais. Sendo impedidos de irem para universidade.
Depois da reunião foi feito um relatório que será encaminhado a embaixada da Bolívia, em Brasília, e também ao Itamaraty. Além disso, a comissão de segurança vai à Brasília discutir a situação com a bancada federal e ministérios de relações exteriores.
Fonte AC24Horas
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